Gabarito Estudo Dirigido sobre a Fisiologia da Glândula Mamária
Estudo Dirigido sobre a Fisiologia da Glândula Mamária
- Quais são os principais aspectos anatômicos da glândula mamária em diferentes espécies domésticas?
A glândula mamária apresenta variações anatômicas significativas entre espécies. Nos bovinos, cada glândula possui um único ducto lactífero que termina no canal do teto, enquanto em suínos e equinos há múltiplos ductos por glândula. Nos cães e gatos, as glândulas são distribuídas ao longo de duas linhas mamárias e possuem aberturas múltiplas por teto. O tecido glandular é composto por alvéolos, onde ocorre a síntese de leite, rodeados por células mioepiteliais que auxiliam na ejeção do leite.
Como ocorre a comunicação entre o hipotálamo e a hipófise por meio de hormônios na lactação?
O hipotálamo regula a secreção de prolactina e ocitocina pela hipófise. Durante a sucção do neonato, impulsos nervosos estimulam o hipotálamo, que, por sua vez, libera fatores de liberação e inibe fatores que controlam a prolactina. A prolactina, secretada pela hipófise anterior, promove a síntese de leite. A ocitocina, liberada pela hipófise posterior, estimula as células mioepiteliais, promovendo a ejeção do leite.
- Qual é a importância do sistema circulatório na produção de leite?
O sistema circulatório é essencial para transportar nutrientes e hormônios à glândula mamária. A vascularização da glândula mamária é altamente desenvolvida, garantindo o fornecimento de glicose, ácidos graxos, aminoácidos e sais minerais necessários para a síntese do leite. Além disso, os capilares linfáticos removem resíduos metabólicos, prevenindo edemas que poderiam comprometer a lactação.
- O que é o colostro e como ele é formado?
O colostro é o primeiro fluido secretado pela glândula mamária após o parto. Ele é rico em imunoglobulinas, vitaminas e fatores bioativos que conferem imunidade passiva aos neonatos. Sua formação é regulada por hormônios como estrogênios e progesterona, que influenciam a translocação de imunoglobulinas para o leite durante o período final da gestação.
- Quais hormônios promovem o desenvolvimento da glândula mamária?
O desenvolvimento mamário é regulado por estrogênios, que estimulam o crescimento dos ductos mamários, e pela progesterona, que promove a formação dos alvéolos. A prolactina e o hormônio do crescimento potencializam o desenvolvimento dos tecidos glandulares e o preparo para a lactação.
- Qual é a influência dos neurohormônios na lactação?
Neurohormônios como a ocitocina desempenham um papel crucial na ejeção do leite. Sua liberação é desencadeada por estímulos táteis nos tetos e ocorre em ciclos curtos, permitindo a liberação eficiente do leite armazenado nos alvéolos. Esses hormônios também promovem o bem-estar materno, reduzindo o estresse e favorecendo o vínculo com os neonatos.
- Como o eixo hipotálamo-hipófise se comunica com a glândula mamária?
O eixo se comunica por meio da prolactina, que regula a produção de leite, e da ocitocina, que controla a ejeção. Além disso, os fatores inibitórios, como a dopamina, modulam a liberação de prolactina, enquanto o estímulo sensorial dos tetos influencia diretamente o hipotálamo e a liberação hormonal pela hipófise.
- Quais mecanismos regulam a produção e secreção do leite?
A produção de leite é regulada pelo estímulo de sucção, que ativa os receptores mamários e desencadeia a liberação de prolactina e ocitocina. O feedback inibitório local, causado pela acumulação de leite nos alvéolos, reduz a síntese quando não há esvaziamento. A secreção é mediada pela contração das células mioepiteliais, promovida pela ocitocina.
- Qual é o impacto dos hormônios da lactação na saúde do neonato?
Hormônios como a prolactina garantem a produção de leite de qualidade, enquanto a ocitocina favorece o vínculo materno-neonatal. O colostro, regulado por estrogênios e progesterona, fornece imunidade passiva e nutrientes essenciais, promovendo o crescimento e a saúde do neonato.
- Como a saúde única se aplica ao manejo da lactação em animais domésticos?
A abordagem de Saúde Única considera o bem-estar animal, a segurança alimentar e os impactos ambientais. Um manejo adequado da lactação previne doenças como mastite, assegura a qualidade do leite para consumo humano e reduz o uso de medicamentos que poderiam gerar resíduos prejudiciais ao ambiente e à saúde pública.