GABARITO - ESTUDO DIRIGIDO: Fisiologia Ceco-cólica em Equinos

 

ESTUDO DIRIGIDO: Fisiologia Ceco-cólica em Equinos

 1. Qual é a importância do ceco e do cólon na digestão dos equinos?

Os ceco e o cólon são fundamentais para a digestão de fibras insolúveis, como celulose e hemicelulose, pela fermentação microbiana. Esses órgãos permitem a produção de ácidos graxos voláteis (AGVs), que fornecem cerca de 70% da energia necessária para os equinos. Além disso, desempenham papéis vitais na absorção de água e eletrólitos.

2. Quais são as principais características anatômicas do ceco nos equinos?

O ceco tem formato de saco, localiza-se no quadrante direito do abdômen e possui capacidade de 25 a 30 litros em cavalos adultos. Ele se conecta ao íleo por meio da válvula ileocecal e ao cólon ventral direito, funcionando como uma câmara inicial de fermentação.

3. Como ocorre a digestão microbiana no ceco e no cólon dos equinos?

No ceco e no cólon, bactérias, protozoários e fungos fermentam fibras insolúveis, transformando-as em ácidos graxos voláteis (AGVs) como acetato, propionato e butirato. Esses compostos são absorvidos e utilizados como fonte de energia. A fermentação também gera gases como dióxido de carbono e metano.

4. Quais fatores podem impactar negativamente a função cecocólica?

  • Dieta inadequada: excesso de grãos pode acidificar o pH do intestino grosso, levando à disbiose microbiana.

  • Desidratação: reduz a motilidade e pode causar impactações.

  • Medicamentos: antimicrobianos podem alterar a microbiota, enquanto anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) podem causar ulcerações na mucosa intestinal.

5. Qual é a função dos ácidos graxos voláteis (AGVs) no metabolismo dos equinos?

Os AGVs fornecem energia essencial para os equinos. O acetato é utilizado diretamente pelos tecidos, o propionato é convertido em glicose no fígado e o butirato é uma fonte energética para as células intestinais.

6. Quais são os principais movimentos de motilidade no ceco e no cólon, e por que são importantes?

  • Peristaltismo: promove o avanço do conteúdo.

  • Segmentação: ajuda na mistura do material fermentado.

  • Movimentos antiperistálticos: prolongam o tempo de fermentação e aumentam a eficiência da digestão.
    Esses movimentos garantem a saúde digestiva e previnem distúrbios como impactações.

7. Como a dieta rica em fibras contribui para a saúde do ceco e do cólon?

As fibras favorecem uma fermentação adequada e mantêm a microbiota equilibrada, prevenindo problemas como acidose e cólicas. Além disso, as fibras promovem uma motilidade saudável e a produção de AGVs.

8. Quais são as diferenças entre a fermentação nos equinos e nos ruminantes?

Nos equinos, a fermentação é pós-gástrica e ocorre no intestino grosso, enquanto nos ruminantes é pré-gástrica, no rúmen. Por isso, os equinos têm menor eficiência na extração de energia das fibras e não aproveitam proteínas microbianas, mas conseguem consumir grandes volumes de alimento rapidamente.

9. Quais distúrbios estão associados ao mau funcionamento do ceco e do cólon?

  • Impactações cecais: causadas por desidratação ou dieta inadequada.

  • Acidose cecocólica: devido a dietas ricas em grãos.

  • Disbiose microbiana: relacionada ao uso de medicamentos ou dietas erradas.

  • Cólicas gasosas: resultantes de fermentação desbalanceada.

10. Quais estratégias podem ser adotadas para promover a saúde digestiva dos equinos?

  • Oferecer dietas ricas em fibras e limitar a quantidade de grãos.

  • Garantir acesso constante a água fresca para prevenir desidratação.

  • Evitar o uso indiscriminado de medicamentos que possam prejudicar a microbiota.

  • Monitorar sinais de distúrbios digestivos e adaptar o manejo conforme necessário.


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